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Produção sobre o mar em Atafona, São João da Barra/RJ... revolto novamente...

Pontal de Atafona em junho/2017 com o mar revolto novamente, "tomando de volta o que é dele", segundo Dona Nelite, conhecedora de tudo que se passa por lá. Depois de viver muitos dias de minha vida bem perto de Atafona em São João da Barra/RJ, hoje estou meio longe de lá. Saudades daquele aroma do mar, das ondas, das águas misturadas, de seus mistérios e de seus segredos... E tem gente que nunca foi lá... É um lugar emblemático marcado por elementos da natureza cheios de aspectos simbólicos e alguns mediúnicos... Quem nunca foi lá não conhece muito da essência das coisas boas da vida... Pesquisas desde 2003 apontam aspectos das ações das forçantes/dos agentes nesse litoral, e o vento é um dos mais importantes atores que lá atuam. Onda, maré astronômica e o próprio rio Paraíba do Sul ativos por lá sempre e desenhando a linha de costa... Ótimo lugar para pesquisas aplicadas e experimentos/vivências locais...

ATAFONA MAIS UMA VEZ NOS PEDE PARA REFLETIR (texto para Jéssica Felipe - jornalismo Folha da Manhã)

Santos/SP, 27/7/2017

A partir de mais eventos em Atafona onde o mar não cessa sua vontade de erodir sua praia, é mais um momento de refletir e perceber que se trata de um fenômeno natural, também potencializado pelo rio Paraíba do Sul, que tem sido maltratado pela ação do homem. Obras de engenharia são pensadas (mais uma vez...) para conter a erosão, e a população repetidas vezes, como hoje, desassistida e desamparada de conhecimento sobre os agentes que promovem a erosão. Ventos, ondas, marés, correntes litorâneas e ciclo hidrológico do rio Paraíba do Sul devem ser monitorados continuamente, com investimentos bem menores do que essas obras de engenharia. A juventude local, marcada por professores e estudantes de ensino médio, deve estar presente ativamente nesse processo. Precisa-se conhecer para saber combater ou conviver com a erosão. Para saber como monitorar o litoral basta conhecer o que a UFF, a UERJ, a UFRJ e a UENF têm feito há anos com pesquisas em Atafona. Em outras situações semelhantes na costa brasileira, e no mundo, quando se investiu em obras de engenharia houve fracasso em conter a erosão, uma vez que houve execução de obras sem monitorar o fenômeno em séries históricas. Precisa-se de dados, dados e dados consistentes e domínio de métodos de análise para se conhecer de fato o comportamento da erosão. A médio e longo prazo a linha de costa muda seu desenho e a sedimentação marinha na plataforma rasa ajusta a topografia submersa à obra instalada, e aí novos cenários surgem, e são situações não previstas antes. Investir em monitoramento e também em turismo científico ampliando o conhecimento da população residente que pode e deve se beneficiar também com geração de empregos, com produção de conhecimento sobre a erosão, valorizando as habilidades e saberes locais. Tem que se mudar a estratégia de lidar com a erosão marinha em Atafona. Soluções imediatistas, paliativas e caras, no calor das emoções e aflições da população residente local, não são indicadas.

Prof. Dr. Gilberto Pessanha Ribeiro

Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP – Instituto do Mar

Campus Baixada Santista - Santos/SP – Tel.: (13) 99777-8337

gilberto.pessanha@unifesp.br

www.gilbertopessanha.com

www.georeferencial.com.br

www.labcartografia.uerj.br

Vejam esses vídeos:

Vejam também:

Sobre erosão em Atafona/São João da Barra-RJ (artigo1): http://www.labogef.iesa.ufg.br/links/sinageo/articles/288.pdf

Sobre erosão em Atafona/São João da Barra-RJ (artigo2): http://www.lsie.unb.br/rbc/index.php/rbc/article/view/157

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